Agora, a moda é a geoengenharia: a manipulação intencional do ambiente da Terra. Engenheiros do Catar anunciaram recentemente um projeto para desenvolver nuvens artificiais para “sombrear” o mundial de 2022. O sol de verão implacável do país tem sido um dos pontos negativos para que ele receba a Copa. Porém, uma nuvem “mais ou menos”, que pode resfriar o campo em 10 graus, vem com um preço muito alto: cerca de 790.000 reais. E essa não é a primeira vez que os seres humanos lutam contra o tempo por causa de um evento esportivo. Confira:
1 – Nuvens artificiais no Catar
Em meio a preocupações de que o calor do Catar pode ser perigoso para os jogadores e participantes da Copa do Mundo de 2022, os pesquisadores da Universidade do Catar desenvolveram nuvens artificiais para sombrear os estádios e campos de treinamento, que podem reduzir a temperatura em campo por 10 graus. As nuvens, que custam cerca de 790.000 reais cada, são feitas de carbono ultraleve e mantidas no ar com hélio. Motores movidos a energia solar as movimentam através de controle remoto. De acordo com o criador, Saud Ghani, uma nuvem protótipo deve ficar pronta para testes até o final do ano.
2 – Criando neve na Rússia
Em 2010, a falta de neve forçou os organizadores dos Jogos Olímpicos de Inverno em Vancouver, Canadá, a transportar carga após carga de neve através de caminhões e helicópteros por centenas de quilômetros de distância. A Rússia, determinada a não deixar o mesmo acontecer com eles em 2014, irá utilizar a “semeação de nuvens” (além de estocagem de neve) para garantir neve suficiente nos seus jogos. Essa técnica envolve introduzir iodeto de prata e partículas de gelo seco nas nuvens. Isso faz com que o vapor de água nas nuvens forme cristais de gelo a temperaturas que normalmente não formaria. O iodeto de prata, em particular, tem uma estrutura cristalina similar ao gelo. Os cristais crescem rapidamente, ficam pesados e precipitam.
3 – Impedindo chuva na China
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em Pequim (2008) foi em um estádio aberto, durante a estação chuvosa. Com a chance de chuva em 50% no dia da inauguração, os chineses não estavam planejando deixar o destino seguir seu curso: eles expulsaram a chuva do céu. Usando o mesmo método que a semeação de nuvens, mas introduzindo menos iodeto de prata, os cientistas foram capazes de dissolver as nuvens de chuva. A China tem um histórico de semeação de nuvens, e afirma ter o maior programa do mundo de modificação do tempo, com aviões, lança-foguetes e armas antiaéreas em seu arsenal. Parece que mais de mil foguetes de “dispersão de chuva” foram disparados na noite da cerimônia, evitando artificialmente e com sucesso o fenômeno natural.
4 – Plantando árvores na África
A Copa de 2010 foi terrível para o meio ambiente. O carbono liberado foi estimado em cerca de “um ano de emissões de um milhão de carros”, seis vezes mais do que a Copa anterior produziu. Para amenizar alguns dos danos causados, o governo sul-africano iniciou uma compensação de carbono em Durban, uma das cidades anfitriãs da Copa, plantando mais de 82.000 árvores com a esperança de absorver parte do dióxido de carbono criado, e devolvendo algumas das terras de florestas indígenas. A cidade de Joanesburgo também iniciou uma campanha de plantação de árvores, com uma meta de 200.000 árvores.
5 – Calor a partir do esgoto no Canadá
Nos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver, em 2010, os atletas ficaram alojados na Vila Paraolímpica. A vila, que foi construída para respeitar o meio ambiente, manteve seus atletas quentes através da energia de uma usina de tratamento de esgotos das proximidades. O sistema capturava o calor a partir de resíduos de esgoto, um processo que é mais eficiente do que a energia geotérmica tradicional. O sistema também é flexível o suficiente para produzir tanto aquecimento quanto resfriamento (embora esta última função não deva ter sido muito usada). 90% do calor da vila veio deste sistema, que não produz gases de efeito estufa, tornando este o uso mais ecológico de recursos já visto. Ponto para o Canadá!
6 – Seguranças macacos
Esse item não diz respeito exatamente ao clima, mas demonstra uma excelente forma de saber aproveitar recursos naturais. A Índia estava preocupada que seus macacos nativos causassem problemas para os espectadores e atletas nos Jogos da Commonwealth de 2010. Os macacos costumam roubar comida, andar no metrô e até mesmo atacar humanos. Assim, as autoridades combateram o problema na mesma moeda: empregando um contingente de macacos treinados como guardas de segurança. Os animais baderneiros foram controlados e detidos pelos macacos treinados, que patrulhavam o alojamento dos atletas e guardavam o perímetro dos estádios durante os eventos.
Chupado aqui e postado originalmente por Natasha Romanzoti
Nenhum comentário:
Postar um comentário